quarta-feira, 7 de julho de 2021

A COVID-19 ME TOCOU

Desde do inicio da Pandemia da covid-19, tenho contato direto e indireto com o bicho (covid-19).  estive na linha de frente dentro de um hospital, onde fui testemunha de várias vidas perdidas em diferentes faixa etária, historias de famílias partidas pela dor , famílias desfalcadas, onde se internavam três pessoas da mesma família e saia apenas um ou nem um. Vivencias que ficarão na minha vida. Na profissão sigo como testemunha da dor e do desespero de vidas transformadas pela morte ou consequências (psíquicas e financeiras) devastadoras da covid-19.   

Recentemente me apareceu uma congestão nasal depois que tive contato com papais velhos e organização de caixas antigas no trabalho e na residência. Ai pensei, chegou uma alergia brava! Só que não, era a peste da covid-19 em mim. Passando mal com forte dor de cabeça  e calafrios, sem sentir cheiro de nada, foi ao hospital por duas vezes, na terceira saiu a confirmação, POSITIVO A COVID-19, naquele momento, pensei em tudo , vida , nos amigos , na família e se vou sair dessa, chega a me perguntar , será chegada a minha hora!? 

A sensação em meios aos calafrios de temperatura corporal alta , era de está perdida, questionamentos do que falta pra se viver?? Em meio as dores de cabeça, acompanhada com mal está imenso, a sensação de ancia de vômito e a tontura que não me deixa ficar de pé por muito tempo. Hoje estou no 7 dias após os sintomas mais fortes, e ainda não consegui me livra da tontura e a ausência do olfato, é como se esse peste quisesse mesmo nos derrubar! O medo confesso ainda está em mim, pois na minha vivencia e ignorância, de contato com o vírus, percebo que ainda se sabe pouco, e seu desenvolvimento dentro do corpo humano ainda surpreende a ciência. 

Mês passado meu primo , meu irmão e amigo, jovem de apenas 30 anos, ficou mal, muito mal, em um hospital do Recife, e como a maioria das famílias pelo mundo a fora, nos virmos no desespero e angustia de está tão próximo da morte, da despedida final. Vivenciamos o desespero de não ter leito hospitalar, a angustia de ver a capacidade respiratória dele reduzir com o passar dos segundos, a ausência de noticias após o internamento. Momentos de pânico e terror, como muitos brasileiros tem  vivenciam diariamente nos tempos atuais. Mas em primeiro lugar com a graça de Deus e a dedicação da equipe de profissionais de saúde naquele hospital, saímos vitoriosos, depois de quase 30 dias de angustia e dor.

  No meio de tudo você fica se perguntando,  onde vacilou? Se você se protege e protege os outros, como se contaminou? Se nunca mais vivemos de verdade, ou como se estava acostumado a viver. Fica um vazio e a sensação de impotência , a resposta não se tem precisamente, só a certeza que mesmo vacinados ainda não estamos seguros. Mas seguimos, seguindo as orientações das comunidades responsáveis da saúde (ministério da saúde). Aderindo as vacinas, distanciamento social e higiene das mãos constantemente. 

OBS.: Eu chica, estou vacinada desde do inicio da campanha de vacina por fazer parte do quadro de profissionais da linha de frente, e mesmo com todos os cuidados me contaminei. Se cuidem, não vacilem , cuide de você e do outro. 


CHICA